segunda-feira, dezembro 21, 2015

Rollemberg dá nota 7 para ele próprio

Qual pontuação você daria para o primeiro ano do governo de Rodrigo Rollemberg? Do ponto de vista do próprio governador, os 12 meses iniciais de administração renderam a nota 7. Ao apresentar um balanço das ações do Buriti em 2015 ontem, no Memorial JK, Rollemberg também assegurou que o rombo das contas públicas do Distrito Federal está hoje na casa dos R$ 3 bilhões. No auge da crise financeira, o Executivo calculava que o déficit estava então em R$ 6,5 bilhões.

“Eu diria que a maior conquista deste ano foi arrumar a casa. Foi como se nós tivéssemos chegado em uma casa completamente desarrumada e estivéssemos fazendo um mutirão para arrumar a casa. Avançamos muito”, afirmou Rollemberg. Neste sentido, o governador prometeu um 2016 menos amargo do que 2015 e com mais investimentos para DF.

Transporte melhor
A lista de promessas para o próximo ano inclui o fechamento do Lixão da Estrutural e a abertura do Aterro Sanitário de Samambaia para meados de 2016. O governador afiançou que o governo está adotando medidas para a melhoria do transporte público que serão sentidas pela população, nos próximos meses. Promete implantar o sistema de bilhete de único.

“Vamos entregar o bloco 2 do Hospital da Criança. E vamos entregar trecho do Sol Nascente”, garantiu. O Buriti também prometeu obras para diminuir a desigualdade social no Condomínio Porto Rico, Buritizinho, Bernardo Saião e no Por do Sol. Segundo Rollemberg, o governo conclui tratativas com o BNDES para conseguir R$ 159 milhões para  construir o trevo de triagem Norte e duplicar Ponte do Bragueto.

Durante a apresentação do balanço, integrantes do movimento Passe Livre protestaram contra o aumento de passagens e os problemas no transporte público, a exemplo da falta de linhas em diferentes pontos do DF. Simbolicamente, o grupo entregou para Rollemberg o troféu “Catraca”.
Rollemberg assinou  no evento termo de adesão ao Programa  Cidades Sustentáveis. A partir de um software, a ação apresenta um conjunto de indicadores e metas para avaliar  desenvolvimento urbano sob a perspectiva da sustentabilidade.

Ênfase na guerra às invasões e a mais segurança
Os números e ações das áreas de segurança, habitação e combate à ocupação desordenada do solo chamaram a atenção no balanço de atividades do governo. Além da queda de homicídios, o governo conseguiu reduzir o numero de mortes no trânsito em 18,5% em comparação com o ano passado “Chegamos à menor taxa de mortes no trânsito nos últimos 15 anos”, comemorou Rollemberg.

Ao longo de 2015, o governo entregou 5.152  moradias e regularizou mais de 14 mil lotes. Pelas contas palacianas, também assegurou aproximadamente 10 mil escrituras. Rollemberg prometeu que resolverá em breve os entraves para as escrituras dos becos do Gama e de Ceilândia.


O governador ressaltou ainda a ações de combate de combate à grilagem, a exemplo da desocupação da orla do Lago Paranoá. Em relação às derrubadas  no Vicente Pires, o socialista voltou a afirmar que a ação é necessária para a regularização da cidade.

A Saúde continua sendo um ponto sensível no governo. “Nós tínhamos um déficit orçamentário enorme. Só na Saúde , eram mais de R$ 600 milhões. Muitas empresas se negaram a prestar serviços ao longo deste ano, em função das dívidas do governo passado. Nós estamos equilibrando as contas. E tenho convicção, que com isso, nós vamos prestar um serviço melhor para a população. Sabendo que os desafios da Saúde serão muito grandes”, comentou.

Na interpretação do  vice-governador Renato Santana, o final do primeiro ano de gestão foi positivo. “Há um ambiente bem melhor ao final deste exercício”, declarou. Para Santana, os cortes feitos pelo governo foram “além da carne, chegando no osso”, mas foram fundamentais para a reorganização financeira do DF.   

Reequilíbrio ao fim do ano

1 - O reequilíbrio financeiro do DF poderá ser alcançado a partir do final de 2016. Esta é a avaliação da secretaria de Planejamento, Leany Lemos. A técnica acrescentou que o governo começará a pagar a dívida, próxima a R$ 1 bilhão, no próximo ano. 

2 - Com a  recessão, Leany alertou para a ameaça de queda da arrecadação em 2016. “A gente colocou previsão de inflação. Mas a gente não sabe se a economia vai ter uma retração ainda maior. Pode acontecer: não é um cenário descartado”, frisou.

3 - Em relação aos problemas com a Lei Responsabilidade Fiscal, Leany a esperança do governo é conseguir um alívio no começo do ano.


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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