Clientes e donos dos bares da 408 Norte foram surpreendidos, na noite de ontem, por uma operação que envolveu a Agência de Fiscalização (Agefis), Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e Detran. Quatro bares foram autuados, mas, na rua da frente, na Quadra 409, não houve fiscalização, segundo testemunhas.
De acordo com Marta Liuzzi, proprietária do Pinella Bar, os agentes pediram para que mesas e cadeiras fossem recolhidas. "Nós tivemos que parar de atender. Os agentes notificaram todos os bares da 408 sem nenhuma explicação. Eles alegaram que não tínhamos a documentação válida, sendo que apresentei todos os papéis em dia, mas fui ignorada", contou ela, ressaltando que a rua foi fechada. O Pinella levou ainda multa de R$ 15 mil do Ibram por excesso de barulho.
Para o dono do Pôr do Sol, Alonso José da Silva Filho, a ação foi absurda. "Alegaram poluição sonora, sendo que eu não tenho som mecânico nem ao vivo. Recolheram as mesas e clientes foram embora. Estou em dia com toda a documentação, além de gerar emprego e lazer para Brasília", afirmou.
“Implicância”
O cantor Leonel Laterza, 50, cliente do Pinella, chegou no fim da confusão. "Sou contra esse tipo de ação. A gente mora em uma cidade, Brasília precisa de diversão. De fato, as regras são necessárias, mas o que está acontecendo aqui é uma implicância exagerada e sem motivos", opinou.
Um agente da Secretaria de Segurança informou que a ação visava conter um evento de alunos da Universidade de Brasília, conhecido como Calourada, previsto para acontecer no local. "Como alguns bares estão irregulares e haviam sido autuados antes, os agentes os notificaram. A Calourada acabou não acontecendo, pois a ação intimidou o evento. Os moradores agradecem. Foi uma ação preventiva", concluiu o major Frota. Segundo ele, participaram 25 policiais, quatro agentes do Ibram, dois bombeiros e cinco viaturas do Detran.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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