quarta-feira, janeiro 27, 2016

Empresas de ônibus ameaçam GDF e conta pode sobrar para o contribuinte



Até que a licitação para operar as cinco bacias do transporte público do DF seja, de fato, cancelada, há um longo caminho a ser percorrido pelas empresas operadoras, em uma série de recursos possíveis. O caso pode até chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, se perder lá, as empresas devem alegar os investimentos milionários feitos em veículos e estrutura física para operar as linhas de ônibus e cobrar a  multa por quebra contratual do  Governo do DF.   

A decisão, do juiz  Lizandro  Garcia Gomes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, invalidou o certame e estabeleceu que o Governo do DF - que também é réu na ação popular - faça  nova licitação em 180 dias. 

Oficialmente, nem as empresas - Viação Piracicabana, Viação Pioneira, Auto Viação Marechal, Expresso São José e o consórcio formado pela  HP Transportes e pela Ita -, nem o Governo do DF, que são todos réus na ação, comentam o assunto, sob o argumento de que não foram notificados  pela Justiça. No  julgamento, realizado na tarde da última segunda-feira, o juiz também determinou que todos os réus paguem as custas do processo, estipulada em R$ 50 mil.

Nos bastidores, no entanto, as empresas que  operam o  transporte público   já articulam a defesa e calculam que o processo pode ser levado ao  STF - depois de esgotados os recursos no Tribunal de Justiça do DF e  Territórios (TJDFT) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isso pode demorar  meses ou mesmo  anos. 

De acordo com a sentença, o advogado Sacha Reck “atuou ilicitamente na gestão e consultoria no âmbito da Comissão Especial de Licitação”, fato que, diz o juiz, não é nem sequer negado por qualquer dos réus, incluindo o próprio DF. 

A existência de plurais sociedades também foi  apontada pelo juiz como evidente, “seja pela composição societária comum, seja pelo nome familiar”.

Bacias
A concorrência  foi dividida em cinco bacias.  A bacia 1, que engloba Plano Piloto, Sobradinho, Planaltina, Sobradinho Varjão e Fercal, é operada pela  Viação Piracicabana. 

A Viação Pioneira  explora a  bacia 2, que atende Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, Jardim Botânico, Itapoã e Park Way. A bacia 3 é operada pelo Consórcio HP-ITA e atende Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas,  Samambaia,  Riacho Fundo I e Riacho Fundo II.

Fonte:Jornal de Brasilia

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