terça-feira, outubro 21, 2014

O adianto em uma hora nos relógios divide opiniões entre moradores do DF


Para o governo, o horário de verão representa, principalmente, economia e racionamento de recursos hídricos e energéticos. Para o cidadão comum, no entanto, o impacto pode ser perceptível na qualidade de vida diária. Seja na possibilidade de aproveitar o pôr do sol ao sair do trabalho ou a inconveniência de acordar com o céu escuro, os brasilienses têm seus motivos para amar ou odiar a mudança de horário.


O casal Bruno Alves, cientista político de 30 anos, e Gabriela Almeida, economista de 34 anos, celebra o adianto no relógio por poder passar mais tempo com a filha Sofia, de apenas um ano. “Podemos ir para o parquinho com ela depois de chegar do trabalho, pois com o horário de verão fica claro por mais tempo”, explica ele.

Para Gabriela, ainda há maior proveito do dia, o que ela acredita ser empolgante. “Para a gente, quanto mais sol melhor. Sou carioca, né? Para mim, o verão com horário de verão é uma boa”, resume a economista. 
O casal acredita, no entanto, que não consegue cumprir um dos propósitos da existência do adianto de horário, a economia de energia. “O que economizaríamos não usando luz gastamos com ar-condicionado. Ainda mais nesse calor”, brinca Bruno.

Menos gasto?

O Operador Nacional do Sistema Elétrico calculou mais de R$ 800 milhões economizados nos últimos quatro anos devido ao horário de verão. Para este ano, a expectativa é de redução de consumo de energia elétrica de 4,5%, segundo estimativa do Ministério de Minas e Energia. 

Alheio a isso, o bombeiro Joacir Ximenes, de 38 anos, aponta o principal motivo para gostar da mudança temporária: o melhor proveito do fim de tarde. “Tenho mais disposição no fim do dia. De manhã sempre me sinto mais cansado, tanto é que, na escola, sempre estudei à tarde”, conta. “E acordar de noitinha para mim é ainda pior. Quando faço isso, durmo o dia seguinte todo”, revela o homem.

Mudança não agradou  todos os brasilienses

O gerente de uma farmácia da Asa Norte, Alisson Alves, de 35 anos, diz odiar a mudança de horário. “Hoje mesmo era para a loja abrir às 8h, mas abriu 8h30 por causa disso. O funcionário se atrasou”, diz. Para ele, o ideal seria não existir adianto do relógio, a exemplo da Bahia. Ele cita até a questão de segurança para ilustrar seu argumento.

“Se você sai de ônibus de manhã e está escuro, é bem mais perigoso. Se não tiver luz não dá para olhar ao redor e ver quem chega”, defende. “Além disso, quando o organismo se habitua ao novo horário, ele acaba. Também falam de economia, mas não vejo diferença porque eu acendo as luzes lá de casa de manhã ou invés de ser no começo da noite”, critica.

Este ano, o horário de verão será estendido em uma semana, por causa do carnaval, encerrando no dia 22 de fevereiro de 2015. Pelo decreto que instituiu o horário de verão, a medida é iniciada no terceiro domingo de outubro e encerrada no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente. No ano em que houver coincidência com o domingo de carnaval, o fim deve ocorrer no domingo seguinte. O objetivo é evitar que as pessoas esqueçam de ajustar os relógios.
 
Saiba Mais

Dez Estados e o Distrito Federal aderiram ao horário de verão, iniciado no último sábado e e vai até 22 de fevereiro.

Com a redução do consumo de energia e, consequentemente, menos utilização de usinas hidrelétricas, o objetivo é economizar 0,4% de água. 


Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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