terça-feira, março 11, 2014

Camponeses pedem melhores condições de trabalho em Brasília


Polícia Militar calcula que 500 pessoas estejam no local Foto: Luciano Freire / Futura Press
Polícia Militar calcula que 500 pessoas estejam no local
Foto: Luciano Freire / Futura Press
Manifestantes do Movimento Camponês Popular estão protestando por melhores condições de trabalho no campo, em frente ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília. O ato, considerado pacífico, integra a Jornada de Luta em Defesa da Produção de Alimentos Saudáveis e pelos Direitos das Mulheres Camponesas, que se estende até amanhã.
Os camponeses, estimados em 2 mil pelo movimento e em 500 pela Polícia Militar, chegaram ao prédio, na Esplanada dos Ministérios, por volta das 5h de hoje. Eles montaram cerca de 200 barracas no pátio do estacionamento e nas duas portarias do edifício. Os funcionários estão entrando pela garagem do ministério.
De acordo com a organização do movimento, "o Brasil está cada vez mais dependente da importação de alimentos básicos, enquanto exporta soja e outras commodities". Os camponeses também reivindicam a preservação da agrobiodiversidade, o respeito à identidade da população do campo e a construção da soberania alimentar.
É um momento de luta dos camponeses e de mostrar a nossa insatisfação
Jéssica BrittoDiretora do Movimento Camponês Popular
Entre os pontos centrais da pauta de reivindicações está o Plano Safra porque, segundo Jéssica, ele não atende aos pequenos agricultores. "O plano é destinado a esse público, mas quando chega nas comunidades, as famílias não conseguem acessá-lo pela burocracia e falta de assistência técnica. Isso tem causado grande exclusão dos pequenos agricultores gerando cada vez mais pobreza no campo", afirmou.
Os camponeses também querem mais recursos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e para o Programa Nacional de Habitação Rural. "Viemos denunciar o descaso com o campo", disse Jéssica.
O movimento espera mobilizar 3 mil camponeses de Goiás, Piauí e Bahia até o fim do dia.
A assessoria do MDA disse que nenhuma liderança do movimento entrou em contato até o momento com a pasta para agendar audiência com um representante do ministério.

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