Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), que fazem uma manifestação nesta quarta-feira (12) na Praça dos Três Poderes, em Brasília, derrubaram as grades laterais do Congresso e avançaram em direção ao prédio. A Polícia Militar reagiu e houve um confronto. Pelo menos um trabalhador sem-terra foi agredido e outro foi preso por agredir um PM, segundo a corporação. O MST reagiu jogando pedaços de paus e pedras e a policiais responderam com bombas de gás.
Os líderes do MST pediram para que os manifestantes se acalmassem. Neste momento, o conflito já acabou e a organização considerou o movimento encerrado. Os sem-terra estão retornando para o Ginásio Nilson Nelson, onde participam do Congresso Nacional do MST.
Segundo o primeiro-tentente da PM, Mikhail Muniz, o protesto reúne 15 mil manifestantes. Doze policiais ficaram feridos no confronto e foram encaminhados para atendimento médico.
A presidenta Dilma Rousseff não está no Planalto e cumpre agenda nesta tarde em sua residência oficial, o Palácio do Alvorada. O ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, recebeu uma carta-manifesto pela reforma agrária que foi entregue por lideranças do MST. Carvalho avaliou como normal e válido a manifestação. Ele disse que não houve nenhum ato violento relevante durante o protesto, apesar dos manifestantes terem derrubado algumas grades de isolamento do Palácio Planalto.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, chamou o intervalo da sessão de julgamentos desta tarde mais cedo após ser alertado pela segurança de uma ameaça de invasão no prédio. Manifestantes derrubaram as grades que faziam a proteção do prédio. A tentativa de invasão do prédio aconteceu no momento em que os ministros estavam reunidos no plenário da Corte.
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